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Angola não é só Luanda

Não obstante o abrandamento que a economia local registou nos últimos anos, as previsões apontam para um crescimento do PIB angolano na ordem dos 9% em 2010, o que deixa antever que as oportunidades de investimento no sector imobiliário também deverão continuar a crescer nos próximos meses.
Contudo, e à medida que o sector continua sofisticar-se, os investidores devem estar atentos às novas condições do mercado, e além da diversificação sectorial das suas apostas, não devem perder de vista que “Angola não é só Luanda”, defendeu Luís Mira do Amaral, CEO do Banco BIC Português.

O responsável foi um dos moderadores da Conferência “O Investimento Imobiliário nos Mercados Lusófonos”, organizada pela Prime Yield e que no passado dia 21 de Maio reuniu centenas de pessoas ligadas ao sector imobiliário.

Presente na sessão, Daniel Pinto da Silva, administrador da Soares da Costa, concordou com Mira do Amaral.
Fazendo um balanço da actividade imobiliária do grupo português naquele mercado, área de negócio que ali iniciou em 2007, aproveitando assim para deixar alguns «conselhos» a outros investidores.
Se, até 2008 o mercado imobiliário angolano em 2008 se caracterizou pela «pequena dimensão», com um forte desequilíbrio entre a Oferta (escassa) e a Procura (elevada) que conduziu à entrada de especuladores e a uma espiral de subida de preços, e muito ancorado nos resultados da exploração petrolífera, o que conduziu a um forte crescimento.
Neste início de 2010, “o cenário mudou e, por isso, tem de haver um reajustamento nas estratégias, pois as perspectivas de crescimento futuro do mercado angolano embora continuam a ser boas, são, contudo, muito diferentes daquele cenário”.

Assim, neste momento, em Angola “existe uma grande necessidade de renovação do parque imobiliário, o que coexiste com o deficit de imóveis de qualidade em todos os segmentos». Além disso, «há uma utilização de imóveis fortemente degradados e um elevado deficit de habitação, sobretudo para aquela fatia da população sem grande poder de compra”.

Posto isto, para o responsável da Soares da Costa, uma das áreas de maior potencial de desenvolvimento no mercado imobiliário angolano é “a faixa dos 250.000 dólares no segmento habitacional.
Por outro lado, embora ainda haja pouca indústria em Angola, isso é algo que está a mudar e, por isso, as empresas que ali se instalam vão precisar de instalações empresariais”.

Nuno Moura Coutinho, Director Geral da BESAACTIF foi outro dos intervenientes, concluindo que não obstante “problema actual que é a falta de liquidez – que ali também se faz sentir-, Angola é, sem dúvidas, um país de futuro”.

Data: 01-06-2010
Fonte: VI NEWS Angola – Vida Imobiliária

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